Dissertações 2012
A dissertação tem como objeto empírico, o estudo do MIQCB enquanto movimento social organizado. Nessa pesquisa buscamos compreender a relação entre a construção da identidade de quebradeira de coco e os processos reivindicatórios empreendidos pelo MIQCB. Neste trabalho, além da análise da leitura do movimento, feita pelas suas ativistas através dos relatórios e entrevista também recorremos à abordagem feita por estudiosos que tem se dedicado ao entendimento dos processos de articulação entre as práticas dos movimentos sociais que lutam na realidade local. Uma questão considerada na pesquisa é o caráter de construção da categoria quebradeira de coco babaçu, enquanto identidade coletiva e como ela ganha, a partir dos anos 90 no contexto de desenvolvimento econômico, uma conotação política, relacionada não somente a uma atividade econômica e sim a um contexto de lutas e mobilizações, inclusive com o acionamento de uma identidade própria, ligada ao território político do babaçu, através do movimento dessas mulheres que quebravam coco babaçu. O trabalho apresenta uma abordagem histórica, política do Movimento Interestadual das quebradeiras de coco babaçu apresentando as reivindicações, a exemplo, do “livre acesso aos babaçuais; gênero; gênero e etnia e educação como importantes reivindicações para construção da identidade de quebradeira de coco babaçu.”
Palavras-chave: Movimento Interestadual das quebradeiras de coco babaçu. Territorialidade específica. Desenvolvimento. Gênero. Identidade coletiva. ______________________________________________________________________ Autor(a): ALANILDO GOMES GUIMARAES Orientador(a): Prof.Dr. ALESSANDRO COSTA DA SILVA Data da defesa: 11/06/2012 DINÂMICA AGRÍCOLA DA SOJA NO CERRADO DA MICRORREGIÃO DE CHAPADINHA-MA: sua inserção no município de Anapurus.Este estudo versa sobre o processo de expansão da fronteira agrícola no leste do estado do Maranhão, especificamente no município de Anapurus, a partir da incorporação dessa área para a monocultura da soja. O principal objetivo foi analisar este processo sob a ótica da fronteira agrícola capitalista e do desenvolvimento do território. O estudo se fundamenta no materialismo histórico dialético. No primeiro momento destacamos a relação entre agricultura e desenvolvimento, discutindo de que forma ambos se inter-relacionam. Nosso interesse foi compreender se a cultura da soja na região citada provocou ou não um contexto de desenvolvimento local e regional do ponto de vista das transformações socioespaciais. Em seguida, analisamos como esta realidade se configurou em uma nova fronteira agrícola a partir da incorporação produtiva de novas áreas para cultivo da oleaginosa e suas consequências enquanto modernização da base técnica produtiva. Por fim, discutimos a revaloração da identidade territorial daquela região, comumente identificada como Baixo Parnaíba Maranhense, mas político-administrativa e naturalmente constituída como sendo microrregião de Chapadinha, e como este sentimento é uma maneira de se posicionar politicamente frente a expansão desta atividade capitalista. Consideramos que a soja é a cultura mobilizadora da expansão da fronteira agrícola no leste maranhense, com modernização da base técnico-produtiva e causando alterações socioespaciais que não levaram desenvolvimento a região.
Palavras-chave: Fronteira agrícola. Cerrado leste maranhense. Alterações socioespaciais.